sábado, 15 de março de 2008

Balões e Palavras.


Medo todos sentem, ele sente medo, e de repente se oculta atrás de suas próprias lagrimas, se afoga, se emerge, se substitui.
Lá no fundo todos têm medo, todos sofrem e ninguém tem coragem suficiente de transparecer o que de fato é, mas enfim, fortes mesmo são aqueles que sabem chorar.
Sorrir é fácil quando não se tem vontade, difícil mesmo é esvaziar o rio,e seguir sua própria correnteza sem a ajuda de ninguém.
Difícil mesmo é aceitar o obvio, fantasias são mais bonitas e coloridas do que as roupas de todos os dias que nunca surpreendem ninguém.
Receios de espelhos, de faces e distorções, receio de situações, terror de seguir em frente, de ser como a gente, de encontrar o que não se espera na próxima esquina.
Só se tem medo do que se conhece só se lembra do que se quer esquecer, só se perde aquilo que se quer ter.
Qual é a face?Qual a frase?Qual o perfume e qual é a cor?
Nunca se sabe as perguntas, e mesmo assim sabemos que em algum lugar existem as respostas, as propostas em que nunca pensamos a flexibilidade que ninguém nunca soube existir, as malas que não temos, mas que sempre estão lá no momento de partir, as primeiras a chegar, as primeiras a ir embora.
A chuva transforma as esculturas, o vento modifica as dunas, as pessoas modificam o mundo, o medo, a perda e a dor modificam as pessoas.
“Parabéns” é o que eles querem escutar, “Eu te amo” é o que eles precisam ouvir e de vez em quando um abraço, de vez em quando um sorriso, de vez em sempre a solidão, de vez em nunca a escuridão, de vez em sempre os balões coloridos, de vez em nunca sua explosão.
Eles sempre dizem “adeus”, e sempre se engasgam, se esquecem e arrependem-se de não ter dito “Volte sempre”.

Karina S. Borges
15/03/2008

8 comentários:

Unknown disse...

Adooorei o balão, lindo!
E mais lindo ainda, eu diria impecavél éé o seu texto.
ai ai ai Karina, toda vez que eu faço um "comentário" (se bem que eu acho que nem precisa) eu nunca sei o que dizer, porque você ja disse tudo!


E o 1° exemplar do livro éé meu!
Entendido?? Otiiimo!
Rss...Te amo!

Tony Draven disse...

ahhhhh olha sóo!!
essa é a filhinha do papai^^

Anônimo disse...

Borgesssssssssss
amei o texto
parabens
pelo jeito se naum der certo na atento ja sabe o ki vai fazer
hehehehe
mas por enquanto continua la cmg viu
vende um pra mimmmmmmmmmmm

Byers disse...

*espantando*


Pela primeira vez eu consegui entender um texto seu sem quebra tanto a cabeça.Rs.

Será eu um analfabeto funcional, e o seu tipo de texto sempre será um desafio para o meu intelecto ?

*Sorry my Q.I is little.*

Chega de estrangeirismo né?

Seus textos estão melhorando cada vez mais rápido.Estou até com vergonha de mostrar um texto meu pra ti.

Só não inflame o seu ego, pois eu vo estourá-lo como tive vontade de estourar esse balão da foto.

"LINDO fundo preto com letras brancas"

Anônimo disse...

Ótimo texto! bjs






rsrs achou mesmo q ia ser só isso?

"Lá no fundo todos têm medo", Você (K Borges) expôs sem nenhuma censura os nossos instintos os nossos sentimentos as nossas vontades e desejos para com o difícil ato de viver...


Agora sim, ótimo texto bjs :P

Unknown disse...

HUHu esse texto eh foda ameiiii
eu empre digo isso Sorrir é fácil quando não se tem vontade, difícil mesmo é esvaziar o rio,
*_* concordo com numeros e graus e tudo q estiver no meio
karina Pensadora

maravilhosooooo
bjus.

Viviane disse...

Nossa, mto profundo!

falar de medo � algo t�o complicado e vc conseguiu expor mto bem, eu sinto medo de tanta coisa q as vezes at� me perco...vc melhor do que ningu�m sabe disso!

Adorei o texto, ta cada vez melhor.

beijos

Karina disse...

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.


(Carlos Drummond de Andrade)