quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Cotidiano


Até mesmo as horas presas em uma única moldura denominada relógio, com o passar do interminável percurso dos ponteiros, as horas caem no tédio, na desarmonia, no desespero. A convivência, o cotidiano é capaz de reduz grandes luzes, grandes vozes, grandes atos e artistas a hipocrisia da normalidade.
Às vezes me faço perguntas:
Como fazer milagres sem simplicidade?
Às vezes me pergunto como as horas fazem a curva no país dos relógios quadrados?
Às vezes me pergunto para onde o vento vai?
Pra onde a vida nos leva?
Fica difícil saber a direção, mas a intuição nos diz que é entre algum lugar, algo entre o beijo e o abraço entre o laço e o desdém, entre o colo e o carinho, o desprezo e o desespero,entre isso e aquilo, entre algo,entre agora, entretanto, talvez e o porem,talvez encontramos e nos perdemos,bem as vezes sobrevivemos,quase sempre nos mantemos vivos.
Nada é pleno, nada é constante. A felicidade é covarde, se esconde atrás do sorriso distante, a dor por sua vez também é fraca, se escondendo atrás da lagrima constante.
E o retrato empoeirado na estante é fixado pelo olhar abandonado dos olhos de quem o venera, de quem espera um dia imagens e projetos se materializarem, sonhos se tornarem reais da mesma forma de quem espera uma chuva de brigadeiros, uma tempestade de festim.
Nossos sonhos são pedidos de socorro de nossas almas, numa mais perfeita e confusa melodia, em uma única canção tudo aquilo que fomos, somos e queríamos ser,um pedido de socorro para sobreviver,estar vivo hoje é morrer!
Mas afinal de todas as contas, de água, luz e telefone, Tudo é mentira, a vida é um buquê de flores, no jantar, no casamento, no pedido de desculpas, na paixão perdida, pulsante e escarlate, um buquê de flores em um ultimo adeus, flores imortalizadas sobre o mármore.
A vida é o cinema, o teatro, o drama, o romance e a comedia, a vida é tudo aquilo que acontece entre o berço e o tumulo, acima e tudo nossos atos, anseios e ações.
Karina Borges

3 comentários:

HECTOR CARDOSO disse...

Há este excelente texto, fico com essa frase... "Nada é pleno, nada é constante."

Engraçado q eu me refleti nesse texto (O Cotidiano)...

Meus parabéns senhorita Borges!!!

Unknown disse...

Legal o texto, más já que nada é imutável, de quem estas dependem para mudar?

Unknown disse...

Hipócritas, iludidos e alienados.
Falsa felicidade, pouco conhecimento útil.
Pouca iniciativa própria. Inexistência de objetivos pessoais, objetivos comuns e conquista egoísta. Objetivos falidos, muita palavra desnecessária e assuntos vãos e repetitivos.
Onde está o novo? Será essa futilidade? O chulo?
Inovando o que não deveria existir.
Aquilo que não é proveitoso e saudável é a moda do momento.
Idéias e metas controladas. Apenas o que me serve, dane-se o que você precisa ou o que te faz bem.
Falsa democracia e liberdade de expressão.
Ética = zero. Moral = zero.
Não posso lhe criticar, mas posso ser conivente contigo.
Burlando a todos para subir no mundo dos recalcados – apenas ½ degrau que nem faz tanta diferença, mas que te faz achar que és demais. Como se isso te fizesse uma pessoa melhor: és apenas mais um idiota manipulado pelo sistema – dos fracos, dos egoístas, dos alienados, dos deturpados. Facilitando a vida da forma mais ignóbil e repugnante.
Incapacidade e imoralidade...

Daniela Menezes

É um texto que escrevi e que resume um pouco da conclusão que tirei sobre seus textos, os quais são muito interessantes e fazem um relato geral e bem reflexivo sobre a vida.
Enfim, são excelentes textos e tenho á dizer que por mais que não conseguimos mudar o mundo, não podemos nos conformar e deixar de tentar mudar.
Os sofistas eram valorizados por dominarem a retórica. Desde aquela época é notável que o poder da palavra é maior do que outros tipos de poderes. Portanto usá-las corretamente e com bons objetivos, pode garantir grandes e permanentes resultados.
“ Vivemos sobre a ditadura do relógio, tic-tac....”